Próxima reunião: 10 de fevereiro

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Adoção: uma atitude de amor

Ser abandonado ou rejeitado em algum momento da vida, convenhamos, não é nada fácil ou confortável, independente do motivo, ainda mais, se for um criança. Passar a maior parte da infância ou adolescência em casas que, teoricamente, deveriam ser temporárias, mas que, na verdade, se tornam permanentes, escondem uma realidade dolorosa de milhares de crianças brasileiras, à espera de um novo lar ou de uma nova chance de serem amadas.

Visando levar mais amor e alento, além de informação sobre adoção, um grupo de voluntários taubateanos, vem desenvolvendo, um trabalho voltado ao bem estar de cerca de 30 crianças, que moram na Casa Transitória de Taubaté, à espera de decisão judicial para voltarem para casa ou mesmo serem encaminhadas para adoção. Trata-se do Grupo Convivência de apoio a adoção, infância e juventude, uma entidade ainda informal, que aos poucos vai consolidando a sua atuação, junto a esse segmento encarado com uma certa dose de desconfiança, por algumas classes sociais.

Nascido há dois anos e meio, a Ong visa trabalhar com os interessados em adotar uma criança. E mostrar para essas crianças, que todo mundo tem o direito de viver, ter lazer, convívio social e, principalmente, serem felizes. Foi assim com uma das fundadoras do grupo, Ângela Soares Cruz Conceição, hoje, mãe adotiva ,ou melhor, mãe do coração, como faz questão de frisar, de David, um maranhense de quase dois anos de idade e que,transformou sua vida.

“Fiquei apenas um ano na fila da adoção, porque enviei o processo para vários estados, mas a espera por um filho beira os cinco anos em média, e é um processo, bastante rigoroso, já que se houver algum arrependimento, os danos para a criança é enorme. E ao tomar a decisão de adotar um filho, tenho que estar segura disso”, salienta ela.

As dificuldades para se concretizar o sonho de ter um filho para muitos, é enorme, diante das expectativas irreais desses futuros pais. Uma delas, é a exigência de se ter, um recém-nascido, de cor branca e do sexo feminino. “A grande maioria das crianças à espera de adoção são maiores e de cor, além de trazerem na bagagem um perfil, um histórico que pode conter traumas/abusos/conflitos mesmo na mais tenra idade. Os pais adotivos nem sempre entendem, que é necessário, muita paciência e adaptação mesmo para um bebê,” salienta Ângela Conceição.

O trabalho do grupo Convivência tem foco nesse objetivo: mostrar o passo a passo da adoção no Brasil, além da troca de informações/experiências entre os interessados nesse tema. Para ajudar a combater preconceitos sobre o assunto, a entidade promoveu em maio deste ano, na Câmara Municipal de Taubaté a ‘I Semana de Adoção’ procurando dessa maneira, uma maior participação da sociedade e de empresas nessa luta, que ainda é vista com certa reserva. Mas dar uma chance de ter um lar, uma nova família onde respeito, amor sejam ingredientes do dia-a-dia é algo que não tem preço e merece ser conhecido, mesmo se por algum tempo. Afinal, doar/compartilhar amor e carinho nunca é demais e é totalmente indolor.

Experimente. As reuniões são mensais, geralmente na última sexta-feira de cada mês, às 19h30, realizadas na Comunidade Bom Pastor (Av.José Vicente Barros,765, V.das Graças, tel.: 36332877). Quem se interessar em ajudar, pode acessar o site grupo_convivência ou ainda participar do Bingo Beneficente de Natal, hoje, dia 21, às 19h30, na Praça da Monção, 21, Chácara do Visconde.
Fonte: Diário de Taubaté - 20/11/2008

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